terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dica: O Curioso Caso de Benjamin Button

O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON

É evidente a grande diferença entre o conto "O Curioso Caso de Benjamin Button" e a adaptação cinematográfica homônima. A versão em quadrinhos, por exemplo, baseia-se muito mais na história original do que o filme.

Pensando tanto na versão para os cinemas quanto no texto de F. Scott Fitzgerald, Vinicius, do Molho Vinagrete, fez uma interessante comparação, enumerando grande parte das diferenças:
- O ano de nascimento de Benjamin passa de 1860 para 1917;
- O pai de Benjamin passa a ser Thomas Button, em vez do Roger Button do conto;
- A família Button reside, no conto, em Baltimore, mais ao sudeste dos EUA, e Benjamin nasce no Maryland Private Hospital, enquanto no filme tudo pula para New Orleans, bem mais ao sul;
- Benjamin nasce um velho cabeludo e barbudo e de tamanho adulto, no conto - por mais que seja deveras bizarro o nascimento de alguém desse tamanho. No filme, é um bebê-velho que parece ter saído do Exorcista;
- O humor irônico do velho Benjamin, as compras de roupas infantis para o velho e as conversas amigáveis com o avô não existem no filme;
- No conto, Benjamin é criado pelo pai - a contragosto - e não existe nenhuma Queenie e nem sessões de exorcismo;
- A fábrica de botões original leva o nome do pai de Benjamin: Roger Button's. No filme ela vira Button's Button;
- O amor impossível, sentimentalista e trágico do cinema só existe mesmo no filme, assim como a personagem Daisy. No conto, o grande amor da vida de Benjamin é Hildegard Moncrief, e a história acontece de um modo realmente diferente, já que Benjamin só conhece a moça quando tem 20 anos (ou seja, a aparência de 50), e depois acaba por abandoná-la, dada a crescente diferença entre suas idades. Benjamin simplesmente se cansa de ter uma esposa cada vez mais
velha e sai para frequentar festas e sair com garotas mais novas - e de fato Hildegarde vai para Nova Iorque, mas os dois nunca mais se vêem;
- No conto também não existe diário ou narração póstuma ou até mesmo uma Daisy - ou Hildegarde - velhinha. A narrativa acompanha simplesmente a trajetória de vida de Benjamin;
- O Benjamin do conto torna-se um herói de guerra, e não um sobrevivente desta;
- Benjamin também não tem uma filha chamada Caroline, mas sim um filho chamado Roscoe Button, que acha que é uma brincadeira de muito mau gosto o fato de o próprio pai ficar rejuvenescendo por aí;
-No conto, a mentalidade de Benjamin acompanha a sua faixa etária, como se tratasse de um "desamadurecimento", e no filme a mudança se dá apenas por fora;
- Por fim, no conto, o Benjamin bebê é criado por uma babá qualquer, e não por Hildegarde, Daisy, ou seja lá quem for essa.
http://www.viscerasliterarias.com/2009/02/benjamin-button-diferencas-entre-filme.html

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